De sonho, morte e vigília compõe-se o homem.
Os seres vivemos em muitos mundos, alternadamente.
A uma leve sacudidela do espírito prorrompem, qual torrentes, mundos que nos são alheios.
O espírito não pertence tão somente ao homem; dividimo-lo com outras tantas, incontáveis, inconcebíveis entidades.
O espírito é uma cousa una, conquanto compartilhada com múltiplas entidades, estranhas à esfera dos homens.
Os homens somos um breve apêndice do espírito, de modo algum o único.
As oscilações da consciência, os pensamentos de tal modo forasteiros que injustificáveis.
Em certa medida, somos forasteiros no próprio espírito, inda que a ele intimamente associados.
Todas as percepções de todas as entidades engendradas pelo universo, associadas fossem, não fariam do universo mais familiar cousa que nos é hoje.
Não há razão suficiente para crermo-nos fora da treva.