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Perdem-se as próprias cousas quando delas o significado se perde. 
Tão extensos quanto um significado, os universos. 
Cousa alguma há fora o espírito, dissemo-lo algures.  
Em certo sentido multiplicam-se no espírito os universos.
Afetam todos os significados, as fluctuações caprichosas da moda.
Cousa alguma nos absolutamente demonstra que seja a percepção nossa a mais adequada à compreensão das cousas, dentre as perepções possíveis. 
Quando se come uma noz sem que se esteja com fome, não há verdade no cosmos. 
Tão impossível ao cosmos que produza uma mentira quanto que sustente uma verdade. 
Cousa alguma o pode elevar às alturas a que aspira, o espírito, este pássaro de quatro asas.
Sínteses do espírito